terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uso da Gestão de Conhecimento como integrador de soluções ERP

Nessa postagem, vamos conhecer formas de integração das soluções de diferentes provedores de ERP através da gestão de conhecimento, para uma melhor administração da empresa.

Caracterização do ambiente de implantação de sistemas

A Gestão do Conhecimento assume papel fundamental para assegurar que a
identidade da empresa cliente configure-se como principal tema durante o perfil de integração
e implantação do ERP (CAVALCANTI, 2001)

Para isso, a empresa deve estar atenta a 3 fatores principais do conhecimento:

Economia da informação: Trata-se da otimização dos processos fabris ou de serviços de uma empresa.
Empresa do conhecimento: Configuração diferenciada onde procura reduzir o
número e a dispersão de suas plantas, buscando eliminação de estoques, redução de custos
entre outros fatores.
Trabalhador do conhecimento: Trabalhador com alto grau de excelência, alto grau de contextualização e foco na estratégia corporativa em andamento. 

"Cada vez mais as empresas percebem a necessidade de associar  a gestão do conhecimento às tecnologias de informação. 

Segundo Stewart(2001) em seu precedente para a formatação do conhecimento: “Uma coisa é afirmar que a inteligência é o ativo mais importante da organização, outra é transforma-lo em planos e estratégias”. A partir deste momento é preciso saber definir o que é dado, informação, ativos e recursos, perspectivas e capacidades, conhecimento e sabedoria; em geral são encontrados no formato da equação:

Pessoas (capital humano) + Estrutura (capital estrutural) + clientes (capital do cliente) = Capital Intelectual". (Pessoa e Nogueira, 2006)

Adoção de Sistemas Integrados e Gestão do Conhecimento

Existe uma enorme diferença entre necessidade, desenvolvimento e implementação da solução integrada. Como forma de resolver isso, atualmente as empresas buscam customizar as soluções de um software para que este atenda as necessidades da empresa sem destruir sua integridade. Essas soluções customizadas podem ser entendidas como "soluções componentizadas", que permitem acoplar módulos de diferentes fornecedores de software e abrem espaço para o atendimento das
soluções de rápida demanda e alinhadas à evolução dos negócios e seus modelos empresariais, proporcionando assim melhor sincronismo entre os fatores de necessidade, desenvolvimento e implementação(KOTLER, 2000).

Aplicação da Gestão do Conhecimento

"A Gestão do Conhecimento vem sendo estudada nas companhias como o fator de integração e
convergência de suas operações. Várias sugestões tem sido apresentadas, dentre elas a criação de Centros de Excelência para a retenção de conhecimento de Stewart (2001), similares aos Centros de Competência sugeridos por Erikson & Mark(1999) apud Baskerville et all, 2004, suportando educação para o usuário final, treinamento , suporte, retenção do conhecimento técnico e de negócios, entre outros. Adicionalmente, Wassenaar&Katsma(2005), reforçam o conceito das melhores práticas em sistemas (BoB) consolidados à partir do uso da Gestão do Conhecimento como fator de integração na companhia, frente aos novos desafios desta, entre os quais seu melhor relacionamento externo. Reforça ainda a existência de 4(quatro) competências para a existência da Gestão do Conhecimento, baseado no modelo de BOISOT: Coletar informações, Solução de Problemas, Difusão e Absorção.

DAVENPORT (2004) contribui a partir da visão de que a Gestão do Conhecimento vem sendo confundida com a Gestão da Informação, dada a similaridade de suas características. Entretanto, algumas diferenças básicas classificam a Gestão do Conhecimento como um passo seguinte à informação, o que é definido por Davenport e Marchand como sendo o continuum. Para compreender melhor o que é gerenciado no conhecimento, uma pesquisa conduzida por Davenport(2004) em um universo de 31 projetos de Gestão do Conhecimento, identificou que 80% (oitenta por cento) continham: Melhores práticas, Inteligência empresarial, Apresentação de Vendas, Documentação de Produtos, Cardápios e Horários de ônibus.

Uma das dimensões que viabilizam o uso do conhecimento na empresa é a Cultura
Organizacional: esta questiona se a empresa esta satisfeita com a forma como o conhecimento
é utilizado ou se esta prefere o trabalho baseado em intuição e/ou adivinhação? Outra
dimensão é o projeto de processos para o trabalho do conhecimento, onde o colaborador deve
sentir que a Gestão do Conhecimento faz parte efetiva das atividades que diariamente executa.
Por último dimensiona-se a programação da Gestão do Conhecimento nos sistemas de
Tecnologia da Informação (TI), quando nos anos 1990 os “sistemas especialistas” buscaram
complementar as competências dos trabalhadores. 

Pelo exposto, entende-se que a Gestão do Conhecimento atua como fator de exposição do
conhecimento tácito, este último, baseado nas vivências e experiências individuais de cada
empregado de uma corporação. O desafio da Gestão do Conhecimento portanto, reside em
transferir e incorporar este conhecimento ao corpo de informações da empresa. Uma vez
entendido, interpretado e incorporado este conhecimento aos processos empresariais, torna-se
a GC algo tangível e aplicável nas companhias que dele dependem. 

Como fator adicional, temos que esta integração dos componentes, gerando este novo corpo,
não mais será promovida pelo fabricante do software ERP, ou pelo menos não mais isoladamente. Assume aqui o papel do Arquiteto Funcional ou de Sistemas, que deverá na empresa contratante (cliente do software ERP) promover esta conexão entre os diferentes componentes. Este profissional é responsável pela arquitetura de sistemas como um todo, no que tange ao hardware e software, sendo o resultado de influências técnicas, de negócios e sociais. Nesse contexto, este profissional deverá conhecer a arquitetura à partir de experiências vividas em campo, junto a clientes e através da criação de casos de negócios para identificar um cenário provável em outras companhias" (Pessoa e Nogueira, 2006)

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